Crônicas - Mineirices.


Crônicas-Mineirices
Tudo começou quando um baiano apaixona-se por uma mineira. Eita ferro, ai danou-se. O que era porreta passou a ser bão demais da conta. Tava ruim do baiano acostumar com aquele jeito mineiro de diminuir "tudim". De manhã ela o acordava assim:
- Mozim, ocê quer um cafezim?
Arre égua! Diacho de linguajar era aquele oxente!
Mas o bicho pegava mesmo quando ela empenava tudo na base do "negocim", "tiquim" e "gostosim". O susto veio quando um dia ela o viu por a carteira porta cédula no bolso e falou:
- Mozim, tú vai por este trem ai no bolso vai massar tudim.
Meu Jesus! Ele quase teve um negócio. Acostumado falar em "gota serena", "pexte", "diacho", "bixiga" e outros bichos, o baiano quase infartou, tadinho.
Conviver com o "uai" até que foi fácil, mas aguentar o tal "trem" era complicado! A culinária de Minas é um delícia e foi ai que o baiano viu a mineira entrar em cena ao provar seu delicioso Tutú de Feijão. Parece polenta, mas o gosto é bão demais da conta, como diz ela. Gostoso mesmo foi descobrir que para mineiro um bocado é um "cadim", Tudo de bom é Tudibão e o WhatsApp gente é zap, não é bonitim?
Coisas de Minas que meu mozim trouxe pra mim. Abração a todos os leitores e leitoras do Estado de Minas Gerais e aproveito para dizer que ocêis são um povo bão demais da conta. Beijão.

Texto de Tony Casanova - Direitos Autorais Reservados ao autor. Proibida a cópia, colagem, reprodução ou divulgação de qualquer espécie ou em qualquer meio sem autorização expressa do autor sob pena de infração ás Leis Brasileiras de Proteção aos Direitos Autorais.
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