Relacionamento - Coração partido [Tony Casanova]


Com tantas desilusões, traições, desrespeito e agressões, as pessoas andam desacreditando no amor. Magoadas e decepcionadas, elas tendem a fugir das novas relações como o diabo foge da cruz, mas até que ponto estão corretas nesta atitude? Falta coerência quando alguém ao invés de enfrentar um problema, foge dele. Os problemas surgem como grandes desafios e nós devemos encará-los e vencê-los! Outro grande erro é culpar o mundo pelo erro de alguns. Todos erram, eu, você e qualquer outro ser humano, mas nem todos permanecem nos erros e muitos aprendem a mudar de fase, construindo vivências melhores. Acreditar nas pessoas é também permitir que elas acreditem em nós. O erro maior, este que está enraizado em nós desde o nascimento é acreditar no ser humano perfeito, o ideal, a pessoa dos sonhos.
O amor está para a vida como uma grande construção onde vamos colocando tijolos que a a tornarão sólida o suficiente para resistir ás tempestades. Acreditar em uma vida onde só haja felicidade é uma enorme estupidez. Tomemos o que há à nossa volta como exemplo; existe a noite e o dia, o sol e a lua, a luz e a escuridão, a vida e a morte, a alegria e a tristeza, o riso e o choro, o amor e o ódio. São todos nuances opostos que precisam estar em equilíbrio para cumprirem seus papéis em nossas vidas. Precisamos valorizar cada um para aproveitarmos o máximo deles. Devemos estar cientes de que um dia nosso sorriso cessará e precisamos estar preparados para o choro. Mágoas, decepções são comuns e surgem porque muitas vezes esperamos mais do que realmente se pode dar.
Vi outro dia no Facebook, uma frase em que mencionava-se o cantor Fábio Júnior e sua magnífica canção “Almas Gêmeas”. Num dos momentos mais descabidos e infelizes, alguém criou para esta menção a seguinte frase: “Se Fábio Júnior que foi o criador de Almas Gêmeas e já divorciou-se sete vezes, como eu vou acreditar em amor?”. Que absurdo infeliz! É possível ouvir a pessoa que criou esta perfeita idiotice gritando com terríveis dores de cotovelos. Como pode alguém, em sã consciência utilizar uma canção como referência para as próprias mágoas mal resolvidas? A frase é de um negativismo impressionante e o pior, envolve alguém que nada, absolutamente nada tem a ver com as dores daquela pessoa. É o agredir por agredir. Bater em todos que surjam à frente, vingar-se dos homens ou das mulheres, enfim um desatino sem precedentes. Há um certo perigo em conviver com pessoas assim, gente que não passam vivências de vitórias e levam a vida a lamentar suas mágoas mal resolvidas. É de certa forma saudável manter a distância destas pessoas.
Um adágio muito popular nos diz que “Roupa suja lava-se em casa” então porque sair disparando em tudo e em todos que aparecem? Aprender a lidar com as próprias dores é muito importante, mais ainda é saber que estas dores nos conduzem ao crescimento. Amadurecemos desta forma, aprendendo que nem tudo na vida são flores e que é preciso estar preparado para os espinhos. Crescer não é absolutamente adquirir um espírito de vingança, mas descobrir quais os pontos em que estamos fracos e procurando fortalecê-los, melhorando em nós tudo que pudermos. É impossível mudarmos as pessoas, mas podemos mudar a nós mesmos, melhorando sempre aquilo que já fomos e assim nos preparamos para o que possa vir.

Texto do Escritor Brasileiro Tony Casanova – Direitos Autorais Reservados ao autor. Proibida a cópia, colagem, reprodução de qualquer espécie ou divulgação em qualquer meio, do todo ou parte dele sem autorização expressa do autor sob pena de infração ás Leis Brasileiras de Proteção aos Direitos Autorais.
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