Fanatismo é bom? Os limites da loucura. [Tony Casanova]


Não meus queridos, nenhum tipo de fanatismo é saudável. Porque digo isto? Porque na vida todas as coisas tendem a buscar o equilíbrio, mas a visão do fanático é única. Ele mira apenas um único alvo, um só objetivo. Se observarmos o mundo em que vivemos saberemos que há equilíbrio entre os dias e as noites, a terra e o mar, a morte e a vida. Deste perfeito equilíbrio depende a nossa existência no Planeta. É preciso que saibamos que ser fanáticos não nos aproxima da razão, pelo contrário, nos afasta dela. Nos aproxima da loucura, da sandice. Todo ser humano nutre admiração por alguém, por algo, isto é perfeitamente normal. Mas para toda admiração existe um limite a ser estabelecido.
Dentro de toda espécie de fanatismos praticados no mundo, alguns se destacam pelos seus perigos. O fanatismo religioso e o Esportivo, seguidos de perto pelo Político e o de Classes. Vejamos algumas razões pelas quais estes fanatismos são considerados, na minha opinião como perigosos:

Fanatismo Religioso – Ter uma fé não é pecado, que me perdoem o trocadilho, mas levar esta fé tão avante a ponto de cometer insanidades, isto é fanatismo. Os Fanáticos Religiosos costumam ser inconsequentes, muitas vezes sentem-se únicos na terra e vivem apaixonadamente, esquecendo a razão de todas as coisas. O equilíbrio neste caso é muito importante para que não se seja “um menino” todo tempo. O próprio Jesus Cristo exortou seu povo várias vezes sobre a sanidade dos atos, da importância de serem convenientes, mansos, suaves, sábios, mas estes conselhos passam batido para muitos. A razão é ótima, o problema está na loucura. Muitas atitudes insanas vinda de fanáticos tem levado sofrimento a muita gente, fato que poderia ser evitado.
Fanatismo Esportivo – Deste eu falo de carteirinha, sou torcedor, gosto de ver meu time jogando e quando ganha fico feliz. Quem é torcedor e não fica? Só vale lembrar que uma coisa é torcer e outra é agredir verbal e fisicamente um adversário ou torcedor de outro clube, isto é insano, é fanatismo! Ultimamente temos assistido manifestações de preconceito e discriminação durante ou após as partidas de futebol. Uma vergonha, um ato impensado e insano, inconsequente. Mas não fica só no futebol, espalha-se por todos os esportes. Tudo que possui equilíbrio é saudável, saiu fora disto é fanatismo.
Fanatismo Político – Este é o mais inadmissível de todos, mesmo porque política é algo sério, jamais deveria ser confundida com partida de futebol. Tornou-se hábito comum ver pessoas se agredindo de forma verbal e até mesmo física por causa do “seu candidato”. Quer algo mais insano que isto? Ai de quem falar mal do “meu candidato...” Mas o pior não é isso. Pior é saber que muitas vezes estas manifestações era atribuídas à classe pobre, sem formação, sem nível superior, mas hoje esta prática é feita principalmente por quem tem formação superior. Pessoas tidas como cultas fomentam acalorados debates e fazem as mais estúpidas declarações em nome do tal candidato. Em se tratando de política é fácil supormos que tais pessoas estejam com as mãos “molhadas” para promover a defesa dos seus “patrões” políticos. Mas são apenas suposições, conjecturas, nada concreto.
Fanatismo de Classes – Eis ai um problema crônico do Brasil. O corporativismo. Algo que eu para ser diplomático costumo chamar de “Quebra de Protocolo Ético Profissional”. É prática da anti-cidadania quando uma classe se une, ainda que em prol dos seus Direitos e desampara todos os cidadãos que dela dependem para serviços essenciais à manutenção das suas vidas. Não sei onde entram ai os conceitos de Ética, Moral e Cidadania. Muito menos sei onde ficam as autoridades que apenas assistem a tudo isso. Nenhuma manifestação de classe, ainda que por Direito Constitucional deveria exceder e cercear um Direito assegurado na Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Texto do Escritor Brasileiro Tony Casanova. Direitos Reservados ao autor. Proibida a cópia, colagem, reprodução de qualquer espécie ou divulgação em qualquer meio, do todo ou parte dele sem autorização expressa do autor sob pena de infração ás Leis Brasileiras de Proteção aos Direitos Autorais.
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